Quero uma casa de pedra, com portas largas e
janelas para o mundo. Quero uma casa que caiba o sol. Tem que ter flores, amores e todas as cores que a vida pintou.
Não quero nada que não conte uma história,que não carregue uma lembrança, que não tenha sentido.
Não precisa ser grande nem pequena, precisa apenas abrigar quem chega.
Precisa ter uma mesa, dessas que cabe sempre mais um...
Quero também uma janela pra ver o sol nascer.
Quero que tenha um canto, sim um canto, desses que a gente coloca livros, álbuns de fotos, folhas soltas, lembranças que a gente ama guardar.
Tem que ter uma cadeira confortável, as vezes cansamos os pés... tem que ter uma cama macia que convide pra dormir.
Também quero uma lareira para os dias de vento gelado na alma da gente. Contaremos
histórias perto do fogo enrolados em mantas gostosas, tomaremos chá de ervas do
quintal, e nesta hora vou querer aprisionar o tempo...
Há de ter aromas na minha casa, de café bem fresquinho, servido em canecas de cerâmica bojudas, de
bolo assando, de ervas frescas, de chá de limão.
Quero uma casa barulhenta, com música no ar, riso solto e todos os pássaros
da redondeza, sempre livres, por favor.
Quero muito uma flamboyant, sim porque não abro mão
desta árvore. Linda, majestosa nas suas cores laranja forte, folhinhas miúdas e
com galhos abertos quase abraçando o mundo.
Tem que ter pessegueiro. Primeiro porque
as compotas de pêssego no natal são
maravilhosas e segundo porque não existe flor mais perfeita e linda. Certamente em
outubro as cigarras começarão a fazer festa com sua cantoria desenfreada, anunciando
que o ano já está acabando novamente.
Quero uma cerca baixa com heras, quero ver quem vem e quem vai...
Quero uma casa que se possa chegar e ficar
Quero uma casa de pedra, dessas que nada pode derrubar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário