Decidi não criar expectativas.
Cansei de ficar
decepcionada.
Decepção é aquele sentimento de ficar olhando e pensando:
“Não
Acredito!”
É o gosto amargo que
desce numa garganta seca.
Só se decepciona quem cria expectativas, quem idealiza o
comportamento alheio, quem sonha com as atitudes do outro, quem acredita em
tudo o que ouve.
É aquela pessoa que você ajudou sem nenhuma reserva, que
você deu atenção, deu o que podia, e de repente, lá vem os comentários
atravessados e chatos que a pessoa fez sobre você. Esqueceu o que você deu, e
sentou o porrete no que faltou.
É o fim de semana que você esperou sol e veio chuva – se bem
que, no meu caso, eu prefiro a chuva.
É a atitude grosseira de quem você pensou ser delicado,
É o padeiro que queimou o pão de cada dia,
É a palavra que não veio, o sentimento que não nasceu
A cor que desbotou, a casa que caiu.
Decepção é assim, pode ser grande ou pequena. Boba ou séria.
Intensa ou fraca.
E aí, decepcionados, decepcionamos também. Uma roda viva de
decepção.
É aquela pessoa que você pensou que ajudava, que te decepcionou,
que você sem reservas afastou, e aí decepcionou também.
Confusão até pra entender como funciona a tal decepção.
Por isso não vou mais criar expectativas, é isso, vou dar
uma rasteira na decepção.
Mas, acordo e lá vou eu de novo,
Esperando o frio,
Esperando o país dar certo
Esperando atitudes de quem se diz legal
Esperando ação de quem muito fala.
E lá vou eu de novo
O frio não veio
O país tá uma merda
As atitudes são grosseiras
E a ação veio igual as palavras, muitas e falsas.
Agora é definitivo, não vou mais criar expectativas,
vou criar gansos!
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